Patrick Gainher • 11 mai 2020 • URKUND
Muitas profissionais das demais áreas se perguntam se há alguma forma de ensinar seus alunos como poder entender o que é o plágio e por que ele é tão sério. De fato, uma pesquisa levantada pela Unicamp revelou que 87% dos alunos chegam à universidade sem o menor conhecimento do que é plágio, autoplágio, os tipos de plágio, e as implicações que o ato possui no código penal. Vale lembrar que a própria Unicamp já foi vítima de alguma forma desta má conduta, e a punição envolveu demissão e outra a expulsão dos docentes envolvidos.
Casos assim mostram como é crucial os alunos e professores estarem cientes do que os mesmos estão fazendo, pois as consequências podem ser enormes para o plagiando, o coordenador e a instituição envolvidos neste esquema. Por isso, há uma proposta de um programa que ensine sobre a integridade com o combate ao plágio.
De acordo com o governo Brasileiro , um programa de integridade é o conjunto de medidas e ações institucionais voltadas para a prevenção, detecção, punição e remediação de fraudes e atos de corrupção. Em outras palavras, é uma estrutura de incentivos organizacionais – positivos e negativos que visa orientar e guiar o comportamento dos agentes públicos de forma a alinhá-los ao interesse público.
Instituir um programa de integridade não significa lidar com um assunto novo, mas valer-se de temas já conhecidos pelas organizações de maneira mais sistematizada. Nesse sentido, os instrumentos de um programa de integridade incluem diretrizes já adotadas através de atividades, programas e políticas de auditoria interna, correição, ouvidoria, transparência e prevenção à corrupção, organizadas e direcionadas para a promoção da integridade institucional.
Um programa de integridade propõe fazer com que os responsáveis pelas atividades acima mencionadas e áreas afins trabalhem juntas e de forma coordenada, a fim de garantir uma atuação íntegra, minimizando os possíveis riscos de corrupção. A adoção de uma política de gestão da integridade também permite que vários instrumentos de gestão e controle passem a ser vistos em conjunto, permitindo abordagem e utilização sistêmicas. Esses instrumentos, por serem interdependentes, somente alcançam sua máxima eficiência e eficácia se utilizados em conjunto.
O programa de integridade possui enfoque preventivo, pois visa de maneira precípua à diminuição dos riscos de corrupção em dada organização. Caso haja algum desvio ou quebra de integridade, o programa deve atuar de maneira a identificar, responsabilizar e corrigir tal falha de maneira célere e eficaz.
Vale ressaltar que atos considerados como “quebra de integridade” envolvem o recebimento/oferta de propina, desvio de verbas, fraudes, abuso de poder/influência, nepotismo, conflito de interesses, uso indevido e vazamento de informação sigilosa e práticas antiéticas.
Os ingredientes principais para a realização de um programa de integridade estão nesses três pilares: Ética, Responsabilidade e Compromisso.
- Ética: A ética é fundamental por ser a base e o que irá guiar o caráter individual das pessoas no processo, entendendo assim o que é certo e errado, e assim, possuir ciência de como prosseguir em frente;
- Responsabilidade: A responsabilidade é de igual suma importância. Ela fará com que uma pessoa íntegra compreenda o que suas ações podem levar, e como a pessoa seja responsável por todas as outras que dependem de seu trabalho ou de sua postura para contribuição da imagem da empresa;
- Compromisso: O compromisso possui sua importância única, sendo aquele que irá firmar toda a ética e responsabilidade do indivíduo no processo.
Por isso, é importante que todos os envolvidos tenham a vontade e disciplina para entender estes aspectos importantes.