Jefferson Hinz • 12 ago 2020 • Autodesk BIM
Como sabemos, o BIM (Building Information Modeling) é uma tecnologia que permite realizar projetos mais assertivos em menos tempo, através da informação da construção. Esse novo conceito de tecnologia de projeto e manutenção, têm despertado grande interesse nos profissionais visionários que buscam se atualizar constantemente. Porém, como é um conhecimento que se espalhou no Brasil em larga escala a pouco tempo, ainda há muitas brechas para informações inconsistentes e dispersas, o que têm acarretado uma enorme confusão e uma equivocada adoção do BIM.
Sabe-se que o Building Information Modeling atua em todas as esferas da construção civil, desde a concepção do projeto até sua manutenção. Essa enorme gama de atuações está associada a algumas dimensões, que varia do 3D até o 7D (Modelagem, orçamentação, cronograma, sustentabilidade, gestão e manutenção).
Porém, com todas essas dimensões “disponíveis”, paira sobre alguns profissionais, o senso de urgência, o que por si só, não seria novidade. Mas, juntamente com a urgência, há também o imediatismo. Esses dois sentimentos agrupados, causam um dano severo quando nos referimos ao aprendizado do BIM. Já que o BIM altera toda a concepção de projeto, há sim a necessidade de uma dedicação especial e ímpar para compreendê-lo e não cometer equívocos, e isso demanda um determinado tempo.
Como o imediatismo é real, é notado que normalmente as dimensões são vistas como fases de um projeto, não como vertentes da construção civil na qual o BIM abrange. Aí está um dos equívocos, o BIM é colaborativo, as dimensões e suas esferas de atuação dependem de um fluxo de trabalho único, que gera a criação do modelo 3D. Quaisquer informações más inseridas, ou a ausência delas, acarreta em uma avalanche de erros e frustrações nas dimensões seguintes. O que pode inviabilizar a adoção dessa metodologia, uma vez que a taxa de retrabalhos não foi diminuída, em relação ao CAD. Porém, vejam que o erro não está na metodologia em si, mas em quem a coordena.
No momento em que é compreendido que o BIM é uma tecnologia integrativa, o processo flui automaticamente. O ideal é firmar o conhecimento principalmente no conceito básico, e consequentemente avançar para um software, como o REVIT, e poder ver os resultados tão prometidos do BIM.
Portanto, vemos que o sistema de aprendizagem do BIM é progressivo, primeiro o conceito, depois o fluxo de trabalho que resulta em um modelo 3D parametrizado e fluido, para consequentemente, a extração de informações, conhecidas como dimensões.