Keila Kotaira • 15 ago 2019 • Autodesk AutoCAD
O AutoCAD é um software utilizado em diversos setores para a representação de desenhos técnicos e projetos, usando tecnologia CAD (Computer Aided Design, Projeto Assistido por Computador). Pode ser usado tanto na criação de projetos em bidimensionais (2D) como tridimensionais (3D).
Construção civil, desenvolvimento fabril e de manufatura, e também o setor de mídia e entretenimento o utilizam, desde 1982, quando foi criado e, até hoje, comercializado, pela Autodesk.
Com alto grau e precisão e muitas ferramentas é usado no setor da construção civil, por engenheiros e arquitetos para detalhamentos complexos e completos, e também por cartógrafos, topógrafos, especialistas em marcenaria e designers de interiores ao facilitar e agilizar a documentação técnica.
Em setores como o automobilístico, naval e aeronáutico, é utilizado por engenheiros mecânicos e projetistas para a criação de peças e equipamentos. E é utilizado para o planejamento de fiação e ligações elétricas de edifícios e de equipamentos eletrônicos no setor da engenharia elétrica. A interface gráfica se assemelha à uma grande prancheta de desenho, onde é possível realizar vários tipos de projetos, de modo digital.
Tal como o desenvolvimento de projetos realizado na prancheta "de verdade", o AutoCAD também permite consolidar de forma clara e precisa toda sua bagagem de conhecimento e repertório, de forma ágil, através de desenhos técnicos detalhados.
Trata-se de um software abrangente, em que é possível realizar quaisquer e todos tipos de desenhos, projetos e detalhamentos. Mas, nos últimos anos, ferramentas especializadas para setores específicos também surgiram e foram adotadas. No setor da indústria e manufatura, por exemplo, hoje é comum o uso do Inventor, Fusion, Catia e Solidworks.
No setor de construção civil de edifícios e de infraestrutura urbana, o conceito CAD foi, aos poucos, sendo substituído pelos softwares BIM, CIM e GIS, tais como o Revit, ArchiCAD, Vectorworks, Rhinoceros, Civil 3D, Infraworks, Navisworks, Solibri, Tekla BIMSight, dentre diversos outros.
Também no setor de computação gráfica, animação e maquetes eletrônicas foram adotadas ferramentas especializadas como, por exemplo, o 3DS Max, Maya, Blender, Mudbox, Zbrush, Cinema 4D e Sketch Up para modelagem 3D, com renderizadores potentes como o ART (Autodesk Ray Tracer), Arnold, Corona, VRay e ferramentas auxiliares para animações de câmeras e objetos tais como o Twinmotion, Enscape e Lumion, além da adição bem-vinda de diversas funções, ferramentas e apps de VR (Virtual Reality, Realidade Virtual) e AR (Augmented Reality, Realidade Aumentada) que tornam esta experiência cada vez mais acessível e imersiva também para o público não-técnico.
Mas, o AutoCAD não "vai acabar".
Apesar da interface, que pode ser bastante intimidadora à primeira vista para iniciantes, com inúmeros botões e muitas linhas de comandos digitados, ainda vale muito a pena aprendê-lo. Não só por ser um software sempre requisitado para vagas de emprego/estágio, mas, principalmente por ser, justamente, tão abrangente quanto uma folha na prancheta.
O arquivo "*.dwg", o formato nativo do AutoCAD, é ainda hoje muito utilizado para documentar e trocar informações entre disciplinas e setores diferentes, mas complementares, mesmo que existam diversos outros softwares mais específicos para responsabilidades e necessidades técnicas diferentes. É muito difícil e improvável, hoje, surgir um substituto universal deste formato de arquivo já consolidado.
De certa forma, é semelhante ao que ocorre com o formato "*.pdf" da Adobe Acrobat, já consagrado para as trocas de documentos de texto que podem ser provenientes de diversos softwares e origens, de diferentes setores e de disciplinas distintas. Mesmo com tantos outros softwares especializados existentes no mercado, o AutoCAD não deixará de ser usado.
E você, já usou o AutoCAD?