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Nilson Soares • 04 jul 2025 • Faronics
Desde meados de 2024, especialistas em cibersegurança vêm alertando para uma nova geração de ameaças digitais apelidada de "Ransomware 3.0". Essa nova onda de ataques é mais rápida e coordenada, combinando criptografia de arquivos, roubo de dados sensíveis e ataques de negação de serviço (DDoS) logo nos primeiros minutos após a infecção.
De acordo com o portal Tecflow (abril de 2025), 75% das organizações sofreram pelo menos um incidente de ransomware no último ano. Parte desse crescimento está associado à popularização do modelo RaaS (Ransomware as a Service), que facilita ataques mesmo por usuários com pouca sofisticação técnica.
Mais alarmante é a velocidade de exfiltração de dados — que pode acontecer em menos de uma hora. Esse ritmo compromete estratégias tradicionais que dependem de tempo para detecção, análise e intervenção humana.
As estratégias clássicas contra ransomware se concentram em três frentes:
Embora fundamentais, essas camadas nem sempre são suficientes — especialmente em ambientes com uso intensivo de dispositivos compartilhados, como redes de ensino, bibliotecas, áreas públicas ou setores de treinamento técnico. Em muitos desses casos, o tempo entre a infecção e a contenção é suficiente para comprometer dezenas de estações de trabalho.
Nesse contexto, ganha espaço uma categoria específica de ferramentas que promovem a chamada "resiliência automatizada do endpoint". Essas soluções operam sob o princípio da restauração automática do sistema ao reiniciar, revertendo qualquer modificação feita durante a sessão anterior.
Esse modelo é particularmente útil em três tipos de cenário:
Diversas ferramentas implementam essa abordagem com variações em sua arquitetura e escopo. Entre as mais conhecidas estão:
Essas ferramentas não evitam o ataque em si, mas oferecem uma forma eficaz de contenção pós-infecção, impedindo que alterações persistam além da sessão do usuário.
A restauração automática não substitui camadas de segurança como antivírus, EDR ou backups estruturados. Trata-se de uma estratégia complementar, com alto valor agregado em contextos onde a disponibilidade e estabilidade do ambiente são prioritárias.
Por outro lado, seu uso requer atenção em estações que lidam com trabalho local não volátil, como edição de vídeo, desenvolvimento de software ou operação de banco de dados local. Nesses casos, o risco de perda de dados legítimos exige configuração criteriosa, com áreas de exceção bem definidas.
A nova geração de ataques exige uma abordagem que vá além da simples reação. Em ambientes com grande número de dispositivos rotativos ou compartilhados, preparar cada máquina para se restaurar automaticamente a um estado confiável pode representar um ganho substancial de resiliência operacional.
Ferramentas de reversão automática vêm sendo exploradas como uma camada adicional de proteção, aliando simplicidade, rapidez e padronização — atributos cada vez mais valorizados diante da velocidade com que ameaças digitais evoluem.
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