Ana Paula Cerrada • 11 set 2020 • EAD - Ensino a Distância
A discussão a respeito do papel do coordenador pedagógico nas instituições de ensino é antiga, e ainda continua sem grandes mudanças.
O coordenador do século XXI, tem a necessidade de se reinventar e se encantar, porque sem encantamento pela educação, não há motivação e nem inspiração.
Este movimento de transformação segue três etapas:
1.ª etapa: Autoconhecimento e Propósito- saber qual o verdadeiro sentido da vida, nos mostra as experiências, pelas quais passamos, e quais foram as influências que deixaram. O autoconhecimento é uma construção diária, quando somamos as vivências, multiplicamos os saberes e dividimos o conhecimento, assim o propósito mostra os desafios, os quais nos fortalecem e nos concedem ânimo para prosseguir.
2.ª etapa: Empatia e Trabalho com a Equipe- estas duas palavras se complementam, porque percebi ao longo da minha trajetória, após muitas reflexões que trabalhar em equipe é diferente e trabalhar com a equipe. Quando trabalho em estou apenas participando da equipe, mas quando trabalho com a equipe:
< estou mais próxima dos professores;
< compreendo as preocupações dos pais;
< percebo a forma personalizada do aluno em como aprender;
< tenho uma visão da totalidade do projeto político pedagógico e a sua relação interdisciplinar ao currículo, planejamento, avaliação e expectativas.
3.ª etapa: Um incansável pesquisador, na missão de aprender sempre: quando as duas etapas anteriores são significativas, há uma inclinação em aprender a aprender, conhecer e compartilhar todos os saberes que a vida nos apresenta. É isto que nos deixa encantados a prosseguir, neste grande desafio que é educar.
O coordenador pedagógico do século XXI é um articulador, em promover um currículo rico em práticas pedagógicas significativas aos alunos, pais e colegas de trabalho, porque a arte de compartilhar é um verbo que aviva a didática de qualquer professor. Quando compartilhamos conhecimentos exercitamos a empatia, porque aprendemos a nos colocar no lugar do outro, juntamente com a equipe. Aprendemos a observar experiências significativas e também as que não deram certo, porque errar faz parte da vida do coordenador, professor, pais e alunos.
No trabalho com a equipe estas experiências são ressignificadas, por meio de uma formação continuada reflexiva e problematizada, onde se desafiar é dizer para si mesmo: "estou em constante aprendizagem não tenho pressa, apenas observo o processo."
Portanto, o papel do coordenador no momento que assume se reinventar e se encantar, nos remete a pensarmos que o educador é uma pessoa capaz de escrever e reescrever a sua história, quantas vezes forem necessárias.
A educação continua e continuará a resgatar a memória das culturas, ideologias, valores e cidadania, todos se relacionam e se completam em um universo de transformação e inovação.
O coordenador faz parte deste processo de idas e vindas, com sucesso e insucessos, mas sempre no papel de pesquisador, a descobrir que a cada dia escreve um pouco a sua trajetória, para no futuro deixar o legado: eu estive aqui!