Marcelo Leite • 19 mar 2018 • Adobe Captivate
A gamificação, é o conceito de se aplicar técnicas, mecânicas e jogabilidade de jogos em elementos que não são necessariamente um. Através dela, podemos inserir assuntos de formas dinâmicas e abordar temas em formatos interativos de jogos, levando o usuário a obter recompensas e oferecendo desafios que despertam o sentido de realização dentro de um sistema de aprendizagem.
O mercado de games é um dos maiores pilares econômicos que temos hoje em dia, movimento bilhões de dólares ao redor do mundo todos os anos.
Quando falamos em gamificação, temos de pensar no objetivo do produto de uma forma diferente. O conteúdo que devemos oferecer deve ser abordado de forma diferente. Um material de EAD por exemplo, deve ser enquadrado nas concepções gerais de um game seguindo os pontos básicos abaixo:
Mesmo quando estamos tratando de objetivos que não são baseados em storytelling como um curso ou treinamento, devemos simular esse roteiro. Deve-se criar uma história factível ao conteúdo abordado, isso cria um universo aonde o jogador poderá mergulha e ter interesse. Isso é obtido através de personagens profundos e com personalidade, historias bem elaboradas, um sistema de recompensas agradável e etc.
Ao trabalharmos com roteiro e história, devemos pensar de antemão em qual plataforma vamos criar o nosso produto final. Isso é muito importante, pois se a mecânica não estiver relacionada e ter sentido com que é apresentado no roteiro, existe uma grande chance do seu game se tornar chato e sem graça. Uma plataforma como o Captivate por exemplo, nos oferece possibilidades de gravar dados, criar questionários interativos e sistemas de Drag and Drop para gerar mecânicas diferenciadas para o jogador.
Devemos por tanto elaborar nosso roteiro baseado nessas mecânicas, para que o jogo possa ser coeso com o que estamos oferecendo.
O design é a cereja no topo do bolo. Um game ou aplicativo com gamificação, sem um bom design aplicado, acaba falhando em todos os outros aspectos. Dentro da área de EAD, o design faz um papel muito importante na hora de entregar uma linha de aprendizagem inteligente. Dentro da gamificação isso se baseia em:
Design de personagem, Leveldesign, UI intuitiva e etc.
O Captivate oferece diversas ferramentas para aplicarmos mecânicas de jogabilidade. No exemplo que vamos ver nesse artigo, trabalhamos com uma demonstração de um jogo simples, que possui algumas mecânicas aplicadas através das ferramentas do Captivete 2017
Após a criação do roteiro, começamos a planejar as telas do jogo, visto que o Captivate trabalha com esse sistema de telas/slides.
Dentro dessas telas planejamos todos os possíveis eventos que podem ser acionados pelo jogador: Tela de fracasso (Game over), ações positivas, ações negativas, caminhos tomados e etc.
Através de variáveis e ações avançadas vamos guardando informações do usuário e levando ele em sequências de telas no nosso jogo. Um primeiro exemplo dessa armazenagem de dados fica com o nome do herói, que no nosso jogo, pode ser definido pelo usuário assim que ele inicia a aventura.
Reparem que a variável que guarda o nome do jogador se chama “hero_name”, e ela pode ser chamada em qualquer etapa após a tela de criação da mesma.
Para chamar essas variáveis dentro do Adobe Captivate podemos usar a inserção de variável dentro de qualquer caixa de texto ou objeto, a sintaxe de chamada é apresentada como o da imagem a baixo:
Dentro do Captivate podemos usar o sistema de slides para posicionar o jogador de acordo com suas escolhas e ações dentro do jogo, isso possibilita uma linha de aprendizagem dinâmica dentro do sistema EAD. Podemos criar através de estados de objetos e ações, mini games diversificados para desafiar e recompensar o jogador no decorrer do jogo.
No exemplo abaixo usamos um sistema de puzzle simples para exemplificar essa ação. Usamos botões e estados de objetos para aplicar rotações dentro do mini game.
Para averiguar se o jogador cumpriu os requisitos para prosseguir no game, usamos condicionais de uma forma simplificada nas funções do Captivate como no exemplo abaixo:
As condicionais podem ser executas sempre que o jogador cumpri requisitos determinados na aba “if”. Na aba “Ações” dizemos ao software quais alterações ou caminhos vão ser executadas para o usuário que cumprir ou não os requisitos dessa ação.
Essas mecânicas devem estar vinculadas e interagir com o roteiro. Esse jogo por exemplo, segue uma ideia de interpretação de papel em uma historia aonde o jogador deve desvendar o mistério do dragão e da princesa sequestrada.
Dentro do captivate podemos gerenciar nossa biblioteca e usar áudios para criar uma experiencia mais profunda e realística do mundo do qual estamos inserindo o jogador. A janela Biblioteca comporta todos os arquivos que você importou para dentro do software, e por lá você pode reutilizar qualquer símbolo, musica ou vetor dentro do seu projeto.